quarta-feira, 10 de outubro de 2007

VELHO X NOVO ?

Confesso que ando um pouco desatualizada, mas estou sempre aberta às novidades. Tenho até um MP4, apesar de quase não usar. Procuro estar antenada, mas não fico muito ansiosa a este respeito.

Trabalho com uma equipe jovem, jovem mesmo. São quatro assistentes e a “mais velha” tem 22 anos! Bom, o negócio é o seguinte: o que me incomoda é quando sinto que há discriminação ao que é considerado “velho”. Músicas velhas, filmes velhos, livros velhos... Ah! Espera aí! Temos algumas produções que são marcos, referências para qualquer um que queira se aprofundar um pouco a respeito destes temas!


Outro dia virei bicho. Fiquei injuriada quando um dos meus pupilos ridicularizou diversos conjuntos como Talking Heads, Supertramp, The Doors e até os Beatles! Isso, pra mim, é heresia. Qualquer um que curta música (e não tenha ficado só na superfície do assunto) sabe o quanto essas bandas são importantes até hoje.

Ok, ok. Sei que, de uns dez anos para cá ando meio “por fora” (outra expressão velha), já que pouca coisa em termos musicais despertou o meu interesse.

Mas gosto de alguns conjuntos da atualidade como Kings of Convenience, CAKE, Coldplay, Norah Jones, Madeleine Pierrot,...
Ou será que isso já é considerado antigo também?
Aliás, porque não podemos aceitar e conviver com tudo isso? Quem disse que o antigo tem que “dar lugar” ao novo? Às vezes acho que há um preconceito generalizado contra o que é considerado velho. Que visão estreita e, desculpem o trocadilho, ultrapassada.

Eu, por exemplo, tenho 40 “bem vividos” anos. Mas, essa neurose de parecer jovem, ser moderno, conhecer o novo, acaba afetando a gente. A patrulha do “tem que estar bem”, “tem que se manter em forma”, “tem que estar bem informado”, cansa.

A gente tem é que ser feliz. Aceitando as pessoas como são, sem determinar o que é bom ou ruim, o que é “in” ou “out”, o que é moderno ou antiquado. Além disso, a mais avançada tecnologia não nos leva automaticamente ao novo...

E, acima de tudo, digo e repito: felicidade é atemporal.


Célia, direto de Floripa.


5 comentários:

Anônimo disse...

E põe heresia nisso !
Fiquei imensamente curioso em saber quais são os gostos musicais desse seu "pupilo", provavelmente ele vai citar algum grupo que, de um modo ou de outro, representam derivações e sofrem influências de grupos que foram pioneiros de escolas musicais que os fazem existir hoje !
Mas temos que dar o devido desconto, apesar de eu poder afirmar sem medo de errar que quando The Doors, Beatles, etc. faziam sucesso, pagavam o devido tributo a Elvis Presley, Little Richard, os tiozões blueseiros dos fifthies e até mesmo Bill Haley!

UtópicA disse...

Sou apaixonada e nas horas vagas estudante de música. O que tenho observado é que a música está numa onda eterna de substituição. Muito do que surge no cenário musical nada mais é do que cópia de algo anterior, que copiava outro anterior e assim sucessivamente (até chegar aos Beatles, rs rs rs...). Tolo de quem não percebe que é muito mais bacana curtir o original! ;)

Valeu!
Bjs, Bia.

Anônimo disse...

É isso aí Bia!

Garota esperta.

Abraço

Celia

JuHits disse...

Tenho 23 anos e adoro as produções das décadas anteriores à minha chegada no mundo. Cresci com a Xuxa, É o Tchan e os Backstreet Boys. Um vácuo de conceitos e idéias...

Anônimo disse...

JU - Sempre é tempo de buscar informações né?

Além disso, música é um "saco sem fundo". Depois que a gente conhece determinados conjuntos, fica pensando: "Como pude viver tanto tempo sem isso"?

O ideal é estarmos abertos e o melhor critério, penso eu, é sentir a música, ver se ela mexe contigo de alguma forma, independentemente do período em que foi produzida.